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Glória Mortal - Resenha

O segundo volume da série Mortal permanece com Nora Roberts assinando com o pseudônimo J. D. Robb e também foi publicado em 1995, e a continuação conta com um novo caso envolvendo a tenente Eve Dallas, da polícia de Nova York. Glória Mortal, ou Glory in Death, é iniciado com um crime (marca registrada de Roberts em cada volume da série) executado com certo requinte mesquinho, por parte do assassino e Dallas é encarregada como investigadora principal do caso. Eis que a vítima era a famosa Cicely Towers, encontrada na chuva em uma rua mal frequentada, logo há pressão midiática para que Eve descubra e prenda o assassino.
Neste volume, Roarke e Eve constroem um relacionamento sólido e de confiança e outra vez Nora Roberts consegue dar cumplicidade ao casal sem que um se sobressaia mais do o outro, tanto em questões emocionais como em questões de personalidade. Roarke passa a exercer o papel de consultor civil nos casos mais complicados que Dallas assume, o que gera uma dinâmica interessante ao quadro e também demonstra bom uso da personagem escolhida como par da protagonista.
Nadine é uma personificação de como um bom jornalista deveria ser: ético e profissional acima de tudo, alguém que preze pela exposição da verdade tanto quanto pelo zelo com suas fontes. C. J. Morse é exatamente o contrário do ofício acima citado: é arrogante, fofoqueiro e usa da verdade como promoção pessoal, e constantemente viola questões éticas e de bom senso ao exibir o corpo de outra vítima (o crime acontece dentro do estúdio de televisão, no qual Nadine e Morse trabalham). Neste ângulo, Roberts tenta fazer um balanço superficial do jornalismo, sem tomar partido, apesar de deixar um ar de profissional impecável à primeira jornalista - e acreditem, é muito raso este balanço.
Conforme a estória avança, nota-se a familiaridade de Nora com as suas personagens e como ela leva jeito para fazer Eve acertar e errar em suas investigações e em seu relacionamento com Roarke; ponto positivo para o bom uso de personagens secundárias sem a necessidade de criar textos longos para que bons diálogos aconteçam e para o desenvolvimento do começo, meio e fim do livro.
Por fim, Glória Mortal se mostra um livro com muita ação, detalhes técnicos mais explorados do que no volume anterior, bom balanceamento de personagens e a introdução de Peabody, a inseparável detetive e amiga de Eve nos volumes seguintes. Entre todos os pontos positivos há destaque para a dinâmica contida, os relacionamentos das personagens e a maneira como Nora se atém ao mundo tecnológico que criou, além da figura da capa representar o crime principal; como ponto negativo, a motivação do assassino chegou a ser quase sem imaginação, levando em conta a dimensão dos crimes.

Nota do livro: 4,5 de 5

Dica para quem quer comprar:
A série Mortal tem um padrão de R$ 50,00 por livro nas lojas online, se há valores abaixo dessa média, consulte as informações técnicas do livro já que pode ser a versão Vira-vira da Saraiva, que consiste em dois volumes no mesmo livro. A confecção dos livros tem orelha e páginas esbranquiçadas, nada de versões econômicas. Em lojas físicas, cada livro pode variar entre R$ 40,00 e R$ 80,00. Meu conselho: esperem por descontos online, compensa muito mais. Mas se estiver com pressa, aconselho a Saraiva (as encomendas sempre chegam antes do prazo e bem conservadas), Submarino (também tem um ótimo prazo de entrega) e Livraria Cultura (os preços são mais elevados, mas é outra opção).
Se houver sugestões de títulos, envie por e-mail ou no Contato.

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